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Corumbá de Goiás


Em Corumbá, mesmo nos finais de semana, a atmosfera é tranquila, quase bucólica. O centro da cidade tem seu charme. Destaque para a Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha, com quase 300 anos de história, restaurada recentemente pelo Iphan. O Salto de Corumbá atrai turistas que buscam contato com a natureza e a prática de esportes ao ar livre. Destaque para as tradicionais Cavalhadas de Corumbá de Goiás, que são realizadas há mais de 50 anos durante a festa da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Penha.

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Descrição

Quem passa pela BR-414 partindo de Brasília geralmente tem destino certo: a cidade histórica goiana de Pirenópolis (GO). No caminho, o Salto de Corumbá chama a atenção pela grandiosidade e pela beleza, levando muitos turistas a parar no mirante à beira da estrada antes de seguir viagem. Mas a região de Corumbá de Goiás tem outros atrativos além da cachoeira. Vale a pena dar um esticadinha e fazer o passeio completo.

Para começar, na mesma fazenda em que está o salto, existem outras seis cachoeiras, como a do Ouro, a do Rasgão e a da Gruta. Já Monjolinho e Sonho meu são exemplos de quedas d’água nas redondezas, mas fora da propriedade. Os fãs dos esportes radicais podem aproveitar as curvas do Rio Corumbá para praticar rafting — e os paredões das cachoeiras para escaladas e rapel. O terreno acidentado vira atração de quem gosta de ciclismo.

Além das opções relacionadas ao ecoturismo, Corumbá é um atrativo para quem gosta de história. A cidade faz parte do ciclo do ouro goiano, como a Cidade de Goiás, Pirenópolis, Cocalzinho, Jaraguá e Abadiânia. O conjunto arquitetônico é do século 18 e está bem conservado, principalmente a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha de França e o Cine Teatro Esmeralda, reinaugurado no início do mês, após restauração.

A matriz foi a primeira construção de alvenaria da cidade e exibe, no teto, um afresco retratando uma aparição de Nossa Senhora dos Pirineus franceses. Isso porque a descoberta de ouro na região se deu em um dia consagrado à santa. Os bandeirantes paulistas responsáveis pela empreitada tomaram o acontecimento como uma bênção e elegeram, assim, a padroeira do incipiente povoado. Ao redor do templo, os pioneiros levantaram diversos ranchos. É esse conjunto de construções que foi tombado como patrimônio histórico e artístico nacional em 1988. Nesta época do ano, enfeites natalinos deixam o casario ainda mais bonito.

O clima interiorano acaba sendo outro atrativo. A cidade é silenciosa e perfeita para quem quer descansar. O turista, porém, não encontrará uma boa estrutura de informações e de atendimento especializado. O Centro de Atendimento ao Turista ainda é recente e pouco equipado. Outra amostra da não profissionalização do turismo é o Memorial dos Imortais, na sede da Secretaria de Educação. Não existe um horário exato de funcionamento. Se quiser visitá-lo, o forasteiro terá de bater à porta da dona Maria do Carmo — é ela quem cuida do acervo de corumbaenses ilustres, como os escritores Bernardo Élis e José J. Veiga, escritores goianos nascidos em Corumbá.

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